quinta-feira, 30 de maio de 2013

Arquidiocese se unirá ao papa em adoração ao Santíssimo Sacramento no domingo

Em celebração pelo Ano da Fé, o papa Francisco convocou toda a Igreja para adoração ao Santíssimo Sacramento no próximo domingo, 02 de junho. O Pontífice rezará durante uma hora na Basílica de São Pedro a partir das 17h horário local (12h no horário de Brasília).
O comunicado solicita que o mesmo seja feito em todas as catedrais e igrejas do mundo. A adoração a Jesus Sacramentado deve ocorrer em sincronia com o Santo Padre em Roma.
Acesse o site oficial do ANO DA FÉ
http://www.annusfidei.va

Os bispos receberam carta da Cúria Romana convidando-os a promoverem o evento em suas Igrejas Locais. A iniciativa é organizada pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. A data foi escolhida por conta da celebração da Solenidade de Corpus Christi em favor de alguns países onde a primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, quando se celebra no calendário litúrgico a Solenidade, não é feriado.
No Brasil, onde Corpus Christi celebra-se no dia 30 de maio, as celebrações devem ocorrer normalmente pelas dioceses do país no feriado, realizando-se a hora de adoração no domingo como deseja o Santo Padre.
O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, enviou carta aos padres da arquidiocese recomendando que o momento de oração seja feito também nas paróquias. “Peço que em todas as igrejas matrizes, no próximo dia 02 de junho, das 12 às 13 horas, seja promovida uma hora de adoração eucarística, com a participação do povo de Deus, que terá, como nós, a maior alegria de estar com o Senhor e pedir-lhe pelo Papa Francisco e toda a Igreja”, solicitou.
Clique no link e acesse a Carta enviada por Dom Fernando Saburido aos padres
CARTA – Adoração Eucarística (02.06.13

Dom Fernando presidirá a adoração na Capela Nossa Senhora da Conceição, na Rádio Olinda, localizada no bairro Santa Teresa.

Da Assessoria de Comunicação AOR com Portal Ecclesia

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Setor elétrico: reclamar melhora o serviço?

Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco

Segundo o mais recente relatório da Ouvidoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o número de reclamações de consumidores é o maior já registrado desde 2005, ano de criação da Ouvidoria. Lembrando que a responsabilidade pelo controle da qualidade do serviço de distribuição é do orgão regulador que, a princípio, conta com instrumentos que tanto pode penalizar como premiar as distribuidoras.

Dentre as principais queixas, a que se refere a interrupção no fornecimento de energia, esta dobrou em 2012, em relação a 2011. O que mostra claramente a ineficiência e a piora das concessionárias no atendimento e na qualidade dos serviços prestados a seus clientes.

Sem dúvida, recorrer a Ouvidoria da ANEEL (telefone 167) é ainda um serviço pouco utilizado. Em 2012 foram feitas somente 84.720 reclamações, de um total de 72 milhões de unidades consumidoras. Para alguns,  como resultado das informações repassadas a Agência pelos reclamantes, usar mais a Ouvidoria poderia trazer benefícios ao consumidor com a melhoria da qualidade do serviço.

A ação cidadã de cobrar sempre por um melhor serviço, neste caso, essencial e muito caro, deve ser incentivada e facilitada a população. Todavia é plenamente justificado esta pouca procura aos orgãos de controle e fiscalização pelo descrédito destes orgãos. Lamentavelmente, como resultado das reclamações, não têm acontecido a desejada melhoria do serviço.  Reclamações tem aumentado nos útimos anos e os serviços piorados.

Até acontece a penalização das empresas, sempre com anúncios bombásticos e midiáticos, com a aplicação de multas,  mas raramente executadas efetivamente, pois o recolhimento  aos cofres públicos são protelados, com inúmeros meios jurídicos a disposição das companhias. Em contrapartida, os benefícios e a premiação das distribuidoras são constantes. Para este setor o Brasil é o paraíso, um capitalismo sem risco, tais os benefícios que as empresas distribuidoras auferem.

Com contratos bastante favoráveis da época da privatização, as distribuidoras, em troca da remuneração do capital aplicado, teriam a obrigação de oferecer um serviço confiável e de qualidade. Mas nada disso está ocorrendo, como aponta o Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (IASC) divulgado no início do ano. Notas de 0 a 100 são dados pelos consumidores das 63 empresas concessionárias de distribuição de eletricidade. Na média, a avaliação piorou, passando de 64,41 em 2011, para 61,51 em 2012.

Em Pernambuco, a situação local é um exemplo do que esta acontecendo nacionalmente com relação a deterioração dos serviços  elétricos prestados a população. A Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), segundo o ranking IASC, das 32 maiores empresas distribuidoras passou da 4a posição em 2011, para a 16a posição em 2012. Já em 2013, desde o inicio do ano, as interrupções no fornecimento elétrico, chamado de “apaguinhos”, tornaram constantes em todo o Estado. O que levou a empresa a ser apelidada jocosamente de “vaga-lume”.

O mais preocupante para o usuário pernambucano foi a conclusão do recente relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontando a incapacidade (falta de infra estrutura e de pessoal) da Agência de Regulação de Pernambuco (ARPE) em ficalizar e monitorar a CELPE. É um convênio com a ANEEL que delega a ARPE a ficalização e o monitoração dos serviços elétricos prestados a população.

Mesmo o consumidor tendo acesso aos valores apurados e as metas dos indicadores de duração (DEC) e da frequência (FEC) das interrupções no fornecimento de eletricidade de sua residência, que vem estampado na conta de luz, persiste inúmeras dúvidas sobre a eficacidade destes instrumentos de controle de qualidade. Em Pernambuco, mesmo com o funcionamento “vaga-lume” da concessionária, tais indices são imutáveis, segundo reclamos informais.

Caberia sim a quem de direito, verificar porque as  mudanças nos valores apurados para a duração e a frequência individual de interrupções não são representados na conta de luz, mesmo acontecendo naquele mês um aumento da duração e da frequência na falta de eletricidade, em relação ao mês anterior.

O que está em jogo é a credibilidade de tais índices, que em última instância, permitiria ao consumidor ser ressarcido caso ultrapassassem as metas estipuladas pela ANEEL.

Portanto, reclamar, teoricamente ajudaria em muito melhorar o serviço público em geral, inclusive o fornecimento de eletricidade. Mas a questão é que o “buraco” é mais em baixo.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

SEMINÁRIO BUSCA VALORIZAR E CONTRIBUIR COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA PESCA ARTESANAL NO ESTADO.

A pesca artesanal, importante atividade para a economia e o desenvolvimento social de Pernambuco, ainda não possui uma política de assistência técnica que a fortaleça no estado. Com o intuito de reverter esse quadro, no próximo dia 27 de maio, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), será realizado o I Seminário da Pesca Artesanal e Assistência Técnica do Estado de Pernambuco. O evento, que é uma iniciativa do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) junto à UFRPE e a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), contribuirá com a elaboração de propostas para construção de um projeto estratégico para assistência técnica apropriada à essa cadeia produtiva em nível estadual. 
A realização do encontro insere-se em um contexto maior para a afirmação da atividade tradicional pesqueira no estado. Historicamente, o governo brasileiro nunca valorizou o conhecimento de pescadores/as artesanais, e em Pernambuco não é diferente. Eles são considerados improdutivos, apesar das estatísticas mostrarem outra realidade. Sua produção é superior a da pesca industrial em termos de volume, sendo responsável por mais de 50% do pescado no mercado brasileiro. A pesca artesanal também supre grande parte das demandas das próprias comunidades pesqueiras e abastece inúmeras outras, através da comercialização, troca e solidariedade.
 
Por ser uma atividade milenar, esse tipo de produção guarda conhecimentos e técnicas que garantem a sustentabilidade dos estoques pesqueiros. Além disso, sua diversificação e qualidade atuam sobre recursos de alto valor de mercado e nutritivo. A pesca artesanal ainda trabalha com bases sustentáveis que garantem segurança nutricional e com capacidade de promover a soberania alimentar.
O Seminário estará aberto para todos que tiverem interesse em debater a realidade da pesca artesanal no estado. Essas discussões visam valorizar e colaborar com o fortalecimento dessa atividade tradicional, respeitando sua cultura e o território onde é praticada. A partir dos dados existentes sobre a produção artesanal, debater uma política para a assistência técnica da atividade em Pernambuco mostra-se possível e urgente.
I
nformações:
 Local: Auditório do Salão Nobre da UFRPE - Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois irmãos, Recife, Data e horário: 16h, 27 de maio de 2013.

Programação:
16hs – Mesa de abertura (UFRPE, CPP, FUNDAJ)
16h30min – A política Nacional de ATER e a Pesca Artesanal em Pernambuco
Expositora: MsC. Adriane Lobos – Emater Pelotas/RS
Debatedor: Dr. Cristiano W.N. Ramalho – UFS/UFRPE
Coordenador: Dr. Ângelo Brás – UFRPE
18h30min: lanche e encerramento do dia.

O Seminário tem como propositores e organizadores: O Conselho Pastoral dos Pescadores – CPP/NE II, O Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local – POSMEX/UFRPE; O Núcleo de Estudo em Agroecologia e Gênero – NEGA/UFPE; O Núcleo de Estudos, Pesquisa e Práticas Agroecologicas do semiárido – NEPPAS/UAST/UFRPE; e a Coordenação-Geral de Estudos Ambientais e da Amazonas – CGEA/FUNDAJ.


Contatos:
cppne@hotmail.com, tarcisio.quinamo@fundaj.gov.br, huldastadtler@oi.com.br