terça-feira, 24 de maio de 2011

S.O.S PERNAMBUCO

A Campanha S.O.S PERNAMBUCO nos rendeu nesse primeiro 15 dias mais de 2 tonelada de alimentos e bastante roupas, para nos irmãos desabrigados no Centro Pastoral Arquidiocesano e para Palmares. No último domingo dia 22, foi entregue em Palmares duas tonelada de alimentos e materiais de limpeza e hingiene pessoal ao Pe Gilberto que é responsável pela triagem das doações que chegam na Diocese.
Queremos agradecer a todos que contribuiram direta e/ou indiretamento com a suas doações e trabalho voluntário na triagem dos alimentos e roupas que chegaram na Arquidiocese de Olinda e Recife.






TEXTO E FOTO: Vivian Santana - Agente de Pastoral/AOR - Coordenação da Cap Serviço, Caridade, Justiça e Paz

Seminário da Pastoral do Povo de Rua

Foi realizado no último dia 21 do corrênte mês o Iº Seminário Arquuidiocesano da Pastoral do Povo de Rua, no auditório da CNBB/Reg.NEII, na rua Dom Bosco, com a seguinte programação:

PROGRAMAÇÃO

08hs – Oração inicial
08hs30mim- Apresentação dos presentes
09hs – Partilha das experiências vividas com a população de rua do Grande Recife

10hs30min – Apresentação da Pastoral Nacional do povo de Rua
11hs15min – Debate
Propostas de articulação da Pastoral do Povo de Rua na Arquidiocese de Olinda e Recife
12hs15min – Avaliação
12hs30min – Encerramento

Foi trocado várias experiências com os grupos e paróquias que se fez presentes, e tivemos a presença do nosso Arcebispo Metropolitano Dom Antônio Fernando Saburido.
Dom Fernando Saburido:
A Arquidiocese de Olinda e Recife se preocupa com toda situação social e vem se articulando desde 2002 – 2005. Nós queremos aproveitar as experiências desses grupos e dessas pessoas que já fazem um trabalho nessa linha. Ex: Toca de Assis,  a Comunidade Caminho e outros.
O que mais quero é ajudar e encontrar um lugar ou construir um espaço, uma casa onde possamos trabalhar com essa população e amenizar a situação. A exemplo do Natal que foi um momento muito especial, tenho certeza  que esse ano será ainda melhor. É importante contar com parcerias e trocar experiências com os grupos e pessoas que em suas paróquias desenvolvem trabalhos com o povo da rua
 E que se dispõem a integrar o trabalho com a Arquidiocese junto a Comissão de Pastoral.
Nossa Igreja precisa resgatar essas pessoas e impulsionar-las ao crescimento. É preciso ter paciência, escutar os pobres, os mais necessitados e seguir os seguir os três passos mencionados aqui. Também é preciso fazer fóruns, debates, seminários e envolver o povo de rua.
É preciso criar um espaço de acolhimento, uma casa para os pobres, para o povo.
Quem sabe conseguimos construir a Casa do Pobre/Povo.
        
O que leva a pessoa a ir para a rua é a perca do vínculo. O que buscam? Estabelecer esse vínculo pedido na família e na sociedade.

O Seminário foi coordenado pelo Pe Luiz Vieira (Articulador da Pastoral do Povo de Rua) e teve a assessoria de Gladston (Coordenação da Pastoral do Povo de Rua no Nacional - Minas Gerais)

Gladston, Dom Fernando e Pe Luiz




TEXTO E FOTO: Vivian Santana - Agente de Pastoral/AOR (Coordenção da Cap Serviço, Caridade e Paz)

terça-feira, 17 de maio de 2011

5ª Semana Social Brasileira

A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz informa a 49ª AG sobre o projeto de realização da 5ª Semana Social Brasileira, que visa desencadear reflexões e ações para suscitar a participação do povo no processo de democratização do Estado brasileiro em sintonia com a missão evangelizadora da Igreja no Brasil. Após reflexão junto ao CONSEP e ao Conselho Permanente, a Comissão acredita ser oportuna uma Semana Social Brasileira no atual contexto de reformas estruturais do Estado Brasileiro, pautadas pela sociedade civil e pela própria CNBB no seu documento Por uma reforma do Estado com participação democrática.

Histórico

As Semanas Sociais são parte da ação evangelizadora da Igreja. A Primeira Semana Social Brasileira foi realizada em 1991, de 03 a 08 de novembro. Tinha a finalidade específica de celebrar, no Brasil, os cem anos da Rerum Novarum. Seu tema central foi o Mundo do Trabalho, Desafios e Perspectivas. O momento nacional foi preparado e precedido por doze Semanas Regionais, que sinalizaram fortemente a dinâmica de participação diversificada no seu processo.

A Segunda Semana Social teve inicio em meados de 1992, com dois anos de realização, culminando com grande evento nos dias 24 a 29 julho de 1994. Seu tema central foi Brasil - Alternativas e Protagonistas. Sua repercussão nacional se deu, sobretudo, pelo debate com os presidenciáveis, às vésperas da campanha eleitoral daquele ano.

A Terceira Semana Social Brasileira ampliou para três anos seu tempo de duração, coincidindo com o tríduo de preparação para o Jubileu do ano 2000, e assumindo sua temática central em torno da questão do “perdão das dívidas”, com a proposta de Resgate das Dívidas Sociais - Justiça e Solidariedade na construção de uma sociedade democrática.

A Quarta Semana Social, realizada entre 2004 e 2006 com o tema Mutirão por um Novo Brasil, multiplicou-se em 268 Semanas Sociais em todo país. A reflexão acumulada e a estratégia da articulação das forças sociais contribuíram para que mais de 40 entidades sociais se unissem na construção de um Projeto para o Brasil. Este projeto teve a colaboração de centenas de assembléias populares realizadas em todas as regiões do Brasil e hoje é referência na defesa e universalização dos direitos sociais.

A França já celebrou o centenário na realização de Semanas Sociais. A Itália realizou a sua 46ª semana social em outubro de 2010. Segundo Bento XVI, a Semana Social trouxe uma agenda positiva para todos através do Tema: A Igreja e o Sul da Itália. Mesmo com formatos diferenciados, as semanas sociais articulam as forças populares e intelectuais para debater questões sóciopolíticas relevantes e traçar perspectivas para o seu país, baseadas no Ensino Social da igreja.

Uma nova Semana Social Brasileira tem como primeira referência a experiência das semanas anteriores, com a clara consciência de que não se trata de repetir fórmulas.

Missão evangelizadora das Semanas Sociais

Participar da construção de uma sociedade justa e solidária faz parte da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. O Concílio Vaticano II afirma que a comunidade dos discípulos, que é a Igreja, está no mundo e sua missão consiste em ser sinal e instrumento do Reino de Deus em seu meio. A Constituição Pastoral Gaudium et Spes, ao abordar sobre a Igreja no mundo de hoje, retoma intensamente o conceito teológico dos sinais dos tempos. Discernir os sinais verdadeiros do projeto de Deus para os tempos de hoje (cf. GS n° 11).

E ainda: a primeira missão que Jesus confiou à sua Igreja não é de ordem social, política ou econômica, mas de ordem religiosa. Porém, desta dimensão religiosa, pode a Igreja extrair força e luz para ajudar a organizar a sociedade humana em seus aspectos políticos, sociais e econômicos, de acordo com os mandamentos da lei de Deus (GS 42).
A Conferência de Aparecida destaca alguns campos prioritários e tarefas urgentes para a missão dos discípulos de Jesus Cristo no hoje da América latina e do Caribe: Justiça social, dignidade humana, opção pelos pobres e excluídos, renovada pastoral social, globalização da solidariedade e justiça internacional cuidado com os rostos sofredores que doem em nós (DAp, 380 a 430).
Temática: Democratização do Estado

No dia 11 de março de 2010 O Conselho Permanente da CNBB aprovou o documento de numero 91 cujo título é: Por uma reforma do Estado com participação democrática. O documento apresenta um projeto de sociedade que o povo brasileiro é conclamado a construir: “É urgente, porém, neste momento da história do nosso País, promover uma firme mobilização pelas reformas políticas que abram caminho para uma profunda reforma do Estado Brasileiro. Uma reforma que vá, portanto, bem além das meras mudanças de regras de funcionamento de nossa democracia tal como atualmente se estrutura em nosso país. Dentro desta perspectiva, a CNBB conclama os irmãos e irmãs brasileiros a realizar uma profunda e crítica análise das atuais instituições políticas e identificar o que nelas pode ser modificado ou criado de novo, para que o estado não esteja a serviço dos interesses produtivistas e consumistas, dentro e fora do Brasil, mas esteja efetivamente a serviço do Bem Comum e da dignidade das grandes maiorias nacionais” (CNBB, Documento 91, n. 110).

A democracia plena se dá onde a liberdade política convive com a igualdade social. O Brasil percorreu um bom caminho no que se refere à liberdade política, no entanto, a respeito da igualdade social, o país está distante de atingi-la, apesar dos esforços. Atualmente, o Brasil precisa considerar alguns aspectos importantes para discutir a democracia: o aprimoramento das instituições do Estado; a superação da pobreza que priva vastos contingentes da população das condições mínimas para o exercício da cidadania; o desafio mundial da globalização que tornou os Estados dos países periféricos frágeis diante das grandes corporações mundiais, sobrepondo interesses econômicos de empresas ao poder da decisão democrática dos países. Segundo Bento XVI, “Atualmente, o Estado encontra-se na situação de ter de enfrentar as limitações que lhe são impostas à sua soberania pelo novo contexto econômico, comercial e financeiro internacional. Este novo contexto alterou o poder político dos Estados”. (Caritas in Veritate, n.24). Algumas destas temáticas serão estudadas e debatidas durante a 5ª. SSB.

Democratização do sistema político: Reforma política, mudanças no sistema eleitoral e garantias da participação popular regulamentando o art. 14 da Constituição: plebiscito, referendo, projetos de lei de iniciativas popular.

Democratização da economia: orçamento participativo e participação na riqueza do país, justa distribuição de renda, reforma tributária progressiva, transparência e controle da prestação das contas públicas.

Democratização da gestão das políticas públicas: participação ativa da sociedade civil nos processos de formulação e no controle social da execução - Conferências e Conselhos.

Democratização da Gestão da assistência e seguridade social como viabilização do acesso aos direitos sociais e participação da sociedade civil na gestão da solidariedade social através de marcos regulatórios.

Objetivos

· Mobilizar as comunidades eclesiais, os movimentos, as pastorais, os organismos e as forças sociais para refletir sobre as estruturas sociais, políticas e econômicas do Estado Brasileiro e participar do processo de sua democratização.
· Promover a participação dos pobres e excluídos na construção de um país justo, democrático, solidário e sustentável.
· Firmar propostas e compromissos em prol da prática efetiva da democracia, apresentando uma agenda de participação social e política positiva para o País.
Ações
· Incentivar o estudo do documento 91 da CNBB, Por uma reforma do Estado com participação democrática, para novas e eficazes práticas de controle social e político.

· Resgatar as conquistas e os desafios, que marcam as práticas das pastorais e movimentos sociais como agentes de transformação social e política.
· Celebrar os avanços da democracia no país, resgatando a participação das organizações da sociedade civil e das Igrejas.
· Realizar Seminários para aprofundamento e sistematização de práticas exitosas das Igrejas e dos movimentos sociais na construção de uma sociedade justa, democrática, solidária e sustentável.
· Estimular ações locais e regionais que contribuam para a participação das comunidades e pastorais em parceria com organizações sociais e outras confissões religiosas em vista dos objetivos da SSB.
Atores envolvidos
Comunidades, Pastorais, Centro Nacional de Fé e Política (CEFEP), Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), demais organismos e movimentos eclesiais, a Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB), o Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (CONIC), os movimentos sociais, as universidades e demais organizações e instituições da sociedade.




Aparecida, SP. 04 de maio de 2011.



Dom Pedro Luiz Stringhini                                                          Ir. Delci Maria Franzen
Bispo de Franca, SP e Presidente da Comissão                                   Assessora

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Fez-se vingança, não justiça

Leonardo Boff


Teólogo/Filósofo
Alguém precisa ser inimigo de si mesmo e contrário aos valores humanitários mínimos se aprovasse o nefasto crime do terrorismo da Al Qaeda do 11 de novembro de 2001 em Nova Iorque. Mas é por todos os títulos inaceitável que um Estado, militarmente o mais poderoso do mundo, para responder ao terrorismo se tenha transformado ele mesmo num Estado terrorista. Foi o que fez Bush, limitando a democracia e suspendendo a vigência incondicional de alguns direitos, que eram apanágio do pais. Fez mais, conduziu duas guerras, contra o Afeganistão e contra o Iraque, onde devastou uma das culturas mais antigas da humanidade nas qual foram mortos mais de cem mil pessoas e mais de um milhão de deslocados.
Cabe renovar a pergunta que quase a ninguém interessa colocar: por que se produziram tais atos terroristas? O bispo Robert Bowman de Melbourne Beach da Flórida que fora anteriormente piloto de caças militares durante a guerra do Vietnã respondeu, claramente, no National Catholic Reporter, numa carta aberta ao Presidente:”Somos alvo de terroristas porque, em boa parte no mundo, nosso Governo defende a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos de terroristas porque nos odeiam. E nos odeiam porque nosso Governo faz coisas odiosas”.
Não disse outra coisa Richard Clarke, responsável contra o terrorismo da Casa Branca numa entrevista a Jorge Pontual emitida pela Globonews de 28/02/2010 e repetida no dia 03/05/2011. Havia advertido à CIA e ao Presidente Bush que um ataque da Al Qaeda era iminente em Nova York. Não lhe deram ouvidos. Logo em seguida ocorreu, o que o encheu de raiva. Essa raiva aumentou contra o Governo quando viu que com mentiras e falsidades Bush, por pura vontade imperial de manter a hegemonia mundial, decretou uma guerra contra o Iraque que não tinha conexão nenhuma com o 11 de setembro. A raiva chegou a um ponto que por saúde e decência se demitiu do cargo.
Mais contundente foi Chalmers Johnson, um dos principais analistas da CIA também numa entrevista ao mesmo jornalista no dia 2 de maio do corrente ano na Globonews. Conheceu por dentro os malefícios que as mais de 800 bases militares norte-americanas produzem, espalhadas pelo mundo todo, pois evocam raiva e revolta nas populações, caldo para o terrorismo. Cita o livro de Eduardo Galeano “As veias abertas da A.Latina” para ilustrar as barbaridades que os órgãos de Inteligência norte-americanos por aqui fizeram. Denuncia o caráter imperial dos Governos, fundado no uso da inteligiência que recomenda golpes de Estado, organiza assassinato de líderes e ensina a torturar. Em protesto, se demitiu e foi ser professor de história na Universidade da Califórnia. Escreveu três tomos “Blowback”(retaliação) onde previa, por poucos meses de antecedência, as retaliações contra a prepotência norte-americana no mundo. Foi tido como o profeta de 11 de setembro. Este é o pano de fundo para entendermos a atual situação que culminou com a execução criminosa de Osama Bin Laden.
Os órgãos de inteligência norte-americanos são uns fracassados. Por dez anos vasculharam o mundo para caçar Bin Laden. Nada conseguiram. Só usando um método imoral, a tortura de um mensageiro de Bin Laden, conseguiram chegar ao seu esconderijo. Portanto, não tiveram mérito próprio nenhum.
Tudo nessa caçada está sob o signo da imoralidade, da vergonha e do crime. Primeiramente, o Presidente Barak Obama, como se fosse um “deus” determinou a execução/matança de Bin Laden. Isso vai contra o princípio ético universal de “não matar” e dos acordos internacionais que prescrevem a prisão, o julgamento e a punição do acusado. Assim se fez com Hussein do Iraque,com os criminosos nazistas em Nürenberg, com Eichmann em Israel e com outros acusados. Com Bin Laden se preferiu a execução intencionada, crime pelo qual Barak Obama deverá um dia responder. Depois se invadiu território do Paquistão, sem qualquer aviso prévio da operação. Em seguida, se sequestrou o cadáver e o lançaram ao mar, crime contra a piedade familiar, direito que cada família tem de enterrar seus mortos, criminosos ou não, pois por piores que sejam, nunca deixam de ser humanos.
Não se fez justiça. Praticou-se a vingança, sempre condenável.”Minha é a vingança” diz o Deus das escrituras das três religiões abraâmicas. Agora estaremos sob o poder de um Imperador sobre quem pesa a acusação de assassinato. E a necrofilia das multidões nos diminui e nos envergonha a todos.

Leonardo Boff é autor de Fundamentalismo,terrorismo , religião e paz, Vozes 2009.

FONTE: Antônio Evngelista/Hortolândia-SP (Caritás Brasileira)

Arquidiocese lança campanha em favor dos desabrigados das chuvas

Em meio ao caos e a dor brota a solidariedade, uma ação genuinamente humana vivenciada de forma plena pelo Cristo. Como seus discípulos e missionários, o clero, os religiosos e os leigos da Arquidiocese de Olinda e Recife seguem o este exemplo de amor. Neste sábado, 7, às 8h, será lançada oficialmente a campanha S.O.S. Pernambuco para auxiliar os desabrigados vítimas das chuvas que atingiram o Estado. Esta iniciativa será realizada por tempo indeterminado.
Um posto de arrecadação de donativos será instalado ao lado da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, na pracinha, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Serão recolhidos alimentos, material de limpeza e higiene pessoal, lençóis, toalhas e roupas destinados às vítimas das chuvas que atingiram o Estado de Pernambuco. O material continuará sendo arrecadado nas 103 paróquias da Arquidiocese. “A Igreja está pronta para atender no que for possível aos nossos irmãos que estão sofrendo essa calamidade”, afirmou o arcebispo, dom Antônio Fernando Saburido, que está em Aparecida (SP) participando da 49ª Assembleia Geral da CNBB.
A Arquidiocese recomenda que os párocos e administradores disponibilizem os espaços paroquiais para acolher as pessoas desalojadas. Na madrugada da quinta-feira, 5, moradores da comunidade de Vila Miguel Arraes, na Várzea foram surpreendidos pela água do Rio Capibaribe que invadiu as casas. Cerca de 200 pessoas da localidade estão sendo abrigadas no Centro Pastoral Dom Vital. A ação é um trabalho conjunto da arquidiocese com a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe).
A comissão responsável pela campanha mapeou as paróquias que tiveram suas áreas atingidas pelas inundações. Entre elas: Casa Forte, Iputinga, Primavera, Muribeca, Ipojuca e Vitória de Santo Antão. “É importante que as demais paróquias que não tiveram grandes problemas em suas comunidades se mobilizem com a mesma urgência das demais”, disse o vigário geral da arquidiocese, monsenhor José Albérico Bezerra.
Os coordenadores dos 14 setores que compõem o território arquidiocesano deverão recolher as doações e encaminhar para o Centro de Pastoral Dom Vital, na Várzea. Lá, agentes e voluntários estarão recebendo os donativos e fazendo a triagem para a entrega aos desabrigados.

Posto de arrecadação da Campanha S.O.S. Pernambuco
Local: Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem (Igreja da pracinha de Boa Viagem)
Dias: 7, 8, 14 e 15 de maio
Horário: a partir das 8h

*Todas as 103 paróquias da Arquidiocese de Olinda e Recife também funcionam como Postos de Arrecadação de donativos.

PESCADORES ARTESANAIS DO LITORAL DE PERNAMBUCO CONSEGUEM COMPENSAÇÃO DOS PREJUIZOS CAUSADOS POR ATIVIDADE SÍSSMICA.

Como é do conhecimento de todos que os pescadores artesanais do litoral de Pernambuco, durante o período de janeiro a Fevereiro de 2010 tiveram suas atividades prejudicadas pela realização de uma Sísmica no litoral. Os pescadores se sentindo prejudicado por não poder pesca , e alguns tiveram seus apetrechos de pesca danificados, perderam redes e covos. A sísmica ocorreu justamente no período de correção (ciclo migratório) do Peixe Sirigado.
Durante o ciclo migratório é período que segundo os pescadores, conseguem fazer boas pescarias e o que os ajudam economicamente o ano inteiro. Na reunião realizada em fevereiro de 2010, que também contou com a participação dos representantes da CGPEG/IBAMA do Rio de Janeiro, e representantes da CGGVerita empresa responsável pela pesquisa. Os pescadores oficializaram denuncia contendo os prejuízos, socioeconômicos e moral que os pescadores tiveram.
Durante a reunião a Profª Beatrice Padovane, colocou que havia entrado em contato com a CGPEG/IBAMA e colocado que o período era de correção do Sirigado e que a Sísmica prejudicaria a pesca e a reprodução da espécie.
A CGPEG/IBAMA oficializou em 05/02/2010 pedido de esclarecimento à CGGVerita e determinou que até a empresa se manifestar o navio deveria evitar a área do talude. A empresa fica proibida de operar no período de 05 a 11/fevereiro, quando responde o ofício do IBAMA; Em 11.02.2010, o IBAMA se manifesta por meio de Parecer Técnico CGPEG/IBAMA 069/10 que a pesquisa sísmica poderia reiniciar.
Entretanto: a empresa deve optar por:
a) continuar a atividade de pesquisa sísmica, sem alteração das medidas mitigadoras já propostas e aprovadas no EAS/RIAS, ou seja, implementando o Projeto de Comunicação Social. Complementarmente, deveria ser mantido contato frequente com os pescadores e a Sra. Beatrice, buscando minimizar os eventuais encontros entre as embarcações sísmica e de apoio e embarcações pesqueiras, e ainda minimizando o impacto sobre as espécies de peixes agregados. Considerando que desta forma haveria uma maior interferência com a pesca, um Projeto de Compensação da Atividade Pesqueira deveria ser implementado nos municípios da área de influência do empreendimento.
b) continuar a atividade de pesquisa sísmica, entretanto, quando detectada a presença de embarcações da pesca artesanal com petrecho no mar, a embarcação sísmica deveria desviar a sua rota, visando não impactar a atividade pesqueira, assim como os recursos pesqueiros, cujas informações sobre o grau de sensibilidade durante o fenômeno da “correção” ainda não são conhecidas.
Em posse das denúncias, dos documentos exigidos à CGGVerita, conforme e do Relatório Ambiental da Atividade Sísmica (exigido no licenciamento), o IBAMA emitiu o Parecer Técnico 235/10 em 22.09.2010 que concluiu que:
Confrontando os documentos alvo das denuncias dos pescadores e comparando com o relatório da atividade sísmica realizada pela CGGVerita, foi concluído que a empresa optou pela alternativa (b) do Parecer Técnico 235/2010. Em vista disso o CGPEG/IBAMA, a multa aplicada foi de R$ 500.000 (quinhentos mil reais) a empresas e de acordo com o que determina o Parecer Técnico a CGGVerita terá que compensar as comunidades pelos prejuízos socioambiental e econômico que tiveram.
Na última quarta feira dia 04/05/2011 a empresa apresentou o PLANO DE COMPENSAÇÃO DA ATIVIDADE PESQUEIRAS - PCAP para as comunidades de: Pilar em Itamaracá, Pau Amarelo e Janga em Paulista, Pina em Recife, Piedade e Candeias em Jaboatão dos Guararapes e Gaibu no Cabo de Santo Agostinho.
O PCAP consiste em duas etapas: 1) Construção dos projetos comunitários, a partir da identificação dos principais problemas e soluções potenciais em conjunto com as comunidades; e 2) Implementação das ações selecionadas pelas comunidades, envolvendo-as ativamente no processo de gestão e monitoramento dos projetos. Como diretriz o PCAT tem o seguinte objetivo: fomentar a construção de projetos locais voltados para o uso sustentável dos recursos pesqueiros. O Plano de Compensação deverá incluir ações a serem definidas em conjunto com as comunidades pesqueiras afetadas, levando em consideração suas necessidades, visando capacitá-las, de forma a possibilitar sua participação efetiva na gestão dos recursos ambientais e pesqueiros da região.
No período de 16/05 a 12/07 de 2011 a consultoria ambiental contratada pela CGGVerita, nesse caso a NAV Oceanografia Ambiental, estará realizado diagnostico junto as comunidades para diagnostica as necessidades, e após haverá momento coletivo de socialização das informações. O segundo passo a construção coletiva dos projetos de compensação que seram construídos por comunidades. As demais comunidades que foram atingidas direta ou indiretamente com a atividade Sísmica e não estão contemplada no PCAP, poderam apresentar uma carta diretamente a CGPEG/IBAMA, com justificativa dos prejuízos que tiveram e a CGPEG ira avaliar e possivelmente incluí-las dentro do PCAP.

 
FONTE: Severino Antonio dos Santos
Secretariado Executivo do Conselho Pastoral dos Pescadores NE
(Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte)
Secretário do CPP Nordeste

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Muribeca sobre com as chuvas

A Defesa Civil de Jaboatão, no Grande Recife, emitiu alerta para que 1.500 famílias residentes em diversas áreas de risco da cidade deixem suas casas, devido ao aumento do nível do rio Jaboatão. No município, já choveu o equivalente a 77% do esperado para o mês de maio.
O bairro da Muribeca ficou debaixo d’água e dezenas de moradores estão ilhados. Diante da preocupante situação, o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, decretou estado de emergência no município.
As comunidades atingidas pelas chuvas são Moenda de Bronze (300 famílias), Vila dos Palmares (400 famílias), Brasil Novo (Muribeca, 400 famíllias), Vila das Aeromoças (Cavaleiro, 175 famílias) e Novo Horizonte (250 famílias).
De acordo com a Prefeitura, 200 homens estão nas localidades, com caminhões e caminhonetes, para ajudar os moradores na mudança para abrigos ou casas de parentes. Assistentes sociais e engenheiros também estão na equipe.
Para agilizar o atendimento às emergências, a Defesa Civil passa a atender na Escola Piaget, nas imediações do estádio Jeferson de Freitas, em Jaboatão Centro, a partir desta terça-feira (3). O telefone da Defesa Civil de Jaboatão é o 0800.281.2099.

 
DEMOLIÇÃO DE CONSTRUÇÕES SOBRE CANAIS

Em entrevista coletiva no final da tarde desta terça-feira, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, anuncia as medidas que colocará em prática para tentar controlar os transtornos oriundos das chuvas que atingiram o município. Entre elas, está a demolição coletiva de todas as construções sobre os canais.
Na ocasião, o prefeito divulga também o cancelamento dos festejos pelo aniversário da cidade, que ocorre nesta quarta-feira (4).

FONTE: Pe Francismo Mota - Administrador Paroquial de Muribeca/Presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para o Serviço da Caridade da Justiça e da Paz.