domingo, 27 de março de 2011

As vacas pastam na Transposição.

Roberto Malvezzi (Gogó)


Apesar do marketing feroz do governo, a transposição do São Francisco agoniza. Os canais já revestidos racham ao sol. As partes apenas desmatadas vão sendo recobertas pela capoeira e servem de pastos para os animais. Só de Icó Mandante até Serra Negra são 70 km retomados pelo mato.
Nas cidades onde a obra passou, como Petrolândia, ficou o desemprego, além de uma renca enorme de problemas, como famílias desmanteladas e a entrada do crack em pleno sertão pernambucano.
O ministro da Integração, Fernando Coelho, já disse que o custo da obra passou de cinco para sete bilhões. Ainda mais, afirmou que o eixo leste só estará pronto ao final de 2012 e o eixo norte ao final de 2013.
A comunidade de Serra Negra trancou as porteiras para a empresa, porque o governo – ou saibamos lá quem – se recusa em refazer um posto de saúde que atende 2500 famílias e mais três casas que serão destruídas pelo canal do eixo leste. A oferta em dinheiro foi de quinze mil reais para o posto e mais três mil reais para cada casa. Oras, um obra orçada em sete bilhões não tem dinheiro para refazer um posto de saúde que atende cerca de 7500 pessoas.
Pior é a situação de moradores da comunidade de Roça Velha, perto de Petrolândia. A indenização para uma velha senhora que teve seu quintal eliminado pelo canal foi de 163,00 reais. Não se espantem, não há erro, é isso mesmo.
Será que essa obra chega ao fim, ou, como já profetizara Frei Luís, já cumpriu seu papel eleitoral?
O que uma tenente do exército disse ao agente da CPT da região é emblemático: “vamos botar as bombas na tomada de água e jogar para a barragem de Areias – fica a quatro km da tomada de água -. Vamos testar se a obra funciona”.
E se não funcionar? E o que acontecerá com essas bombas, com o resto já feito, se o prazo dado agora é de no mínimo mais dois anos? Vão também esturricar ao sol? Lembram-se que Lula iria inaugurar o eixo leste, pondo água na Paraíba?
Vale relembrar o falecido ACM. Raposa em obras públicas, uma vez disse: “uma obra como essa vai terminar em 15 ou 20 bilhões”.
Se terminar. Terminando, se funcionar.

sábado, 26 de março de 2011

O STF decidiu ontem: a Ficha Limpa só será válida para 2012.

O Ministro Luiz Fux quebrou todas as expectativas e frustrou a sociedade brasileira ao dar o voto do desempate que liberou os corruptos barrados a assumirem seus postos no Congresso Nacional. Ao ser apontado para o STF, o Ministro Fux elogiou a Ficha Limpa dizendo que ela “conspira a favor da moralidade”. Somente ontem ficamos sabendo do seu verdadeiro posicionamento.
O voto do Ministro Fux significa que corruptos famosos como Jader Barbalho, João Capiberibe e Cássio Cunha Lima irão assumir seus cargos. É um tapa na cara da sociedade brasileira que lutou árduamente pela aprovação da Ficha Limpa.
Vamos dizer para o Ministro Luiz Fux o que pensamos, clique abaixo para enviar uma mensagem para ele:

Cinco Ministros do STF, o Ministério Público Federal e o Tribunal Superior Eleitoral, todos analisaram a Ficha Limpa e concordaram que a sua validade para 2010 é plenamente constitucional. Até a Ministro Fux ser apontado havia um empate de 5 juízes contra e 5 a favor da validade da Ficha Limpa para 2010. Ele deveria ter quebrado o empate favorecendo o povo brasileiro, não os interesses dos corruptos.
Brasileiros de todos os cantos do país se uniram em uma escala fenomenal e lutaram bravamente para aprovar a Ficha Limpa. No começo poucos acreditavam que ela seria aprovada, mas juntos nós pressionamos os deputados durante todo o trâmite da lei no Congresso, garantindo que a Ficha Limpa finalmente se tornasse lei. E nós vencemos. Mais de 2 milhões de nós fizemos isto acontecer. O entusiasmo pela aprovação da Ficha Limpa tomou conta da mídia e da sociedade, simbolizando uma nova era na política brasileira.
O Ministro Luiz Fux foi bem recebido pelos grupos da sociedade civil como um “apoiador da Ficha Limpa” porém ontem, ele decepcionou a todos nós. Há pouco que podemos fazer para reverter a decisão do STF, mas vamos inundar os emails do Ministro Fux com mensagens de todo o Brasil, mostrando a nossa indignação. Clique abaixo para enviar a sua:

Este não é o fim desta história, ainda temos um longo caminho a percorrer para consertar a política brasileira, acabar com a impunidade e finalmente ter políticos decentes nas urnas. Não será fácil, mas este é um movimento do povo brasileiro e com determinação, nós temos o poder de gerar as mudanças a longo prazo que o nosso país tanto merece.
Com esperança,
Alice, Graziela, Ben, Laura, Milena, Pascal, Ricken e toda a equipe Avaaz
Leia mais:
Fichas-sujas comemoram decisão do STF:

Fux vota pela validade da Lei da Ficha Limpa só em 2012:

Ficha Limpa: Voto de Minerva do ministro Luiz Fux recebe críticas no meio jurídico:
Veja quem pode ganhar vaga no Congresso após decisão do STF:
Presidente da OAB diz que voto de Fux 'frustra sociedade':

Validade da Ficha Limpa em 2010 é um 'acerto', diz procurador:

Eles estão de volta: Jader, Cunha Lima e os Capiberibes:

quarta-feira, 23 de março de 2011

Kadafi e as potências ocidentais

Frei Betto
Escritor e assessor de movimentos sociais
Adital - 21.03.11


As potências ocidentais, lideradas pelos EUA, botam a boca no trombone em defesa dos direitos humanos na Líbia. E as ocupações genocidas do Iraque e do Afeganistão? Quem dobra os sinos por um milhão de mortos no Iraque? Quem conduz à Corte Internacional de Justiça da ONU os assassinos confessos no Afeganistão, os responsáveis por crimes de lesa-humanidade? Por que o Conselho de Segurança da ONU não diz uma palavra contra os massacres praticados contra os povos iraquiano, afegão e palestino?

O interesse dos EUA e da União Europeia não é a defesa dos direitos humanos na Líbia. É assegurar o controle de um território que produz 1,7 milhão de barris de petróleo por dia, dos quais depende a energia de países como Itália, Portugal, Áustria e Irlanda.

O caso do Iraque é exemplar: os EUA inventaram as jamais encontradas "armas de destruição em massa” de Saddam Hussein para exercer o controle sobre um país que é o segundo maior produtor mundial de petróleo – 2,11 milhões de barris por dia, só superado pela Arábia Saudita. E possui uma reserva calculada em 115 bilhões de barris. Soma-se a essa riqueza o fato de ocupar uma posição geográfica estratégica, já que faz fronteiras com Arábia Saudita, Irã, Jordânia, Kwait, Síria e Turquia.

No próximo dia 20 de março completam-se oito anos que os EUA e parceiros invadiram o Iraque sob o pretexto de "estabelecer a democracia”. O governo de Maliki está longe do que possa ser considerado uma democracia. Em fevereiro último, milhares de iraquianos foram às ruas para reivindicar trabalho, pão, eletricidade e água potável. O exército os reprimiu brutalmente, com mortes, detenções arbitrárias e sequestro de ativistas. Nenhuma potência mundial clamou em favor do direitos humanos nem sugeriu que Maliki responda perante tribunais internacionais.

A ONU é, hoje, lamentavelmente, uma instituição desacreditada. Os EUA a utilizam para aprovar resoluções que justifiquem seu papel de polícia global a serviço de um sistema injusto e excludente. Quando a ONU aprova resoluções que contrariam a Casa Branca –como a condenação do bloqueio a Cuba e da opressão dos palestinos– ela simplesmente faz ouvidos moucos.

Kadafi está no poder desde 1969. São 42 anos de ditadura. Por que os EUA e a União Europeia jamais falaram em derrubá-lo? Porque, apesar de seus atentados terroristas, era conveniente manter ali um déspota que atraía investimentos estrangeiros e impedia que chegassem à Europa os imigrantes ilegais da África subsaariana, ou seja, todos os países ao sul do deserto de Saara.

Agora que o povo líbio clama por liberdade, os EUA ocupam posições estratégicas no Mediterrâneo. Barcos anfíbios, aviões e helicópteros são transportados pelos navios de guerra US Ponce e US Kearsarge. A União Europeia, por sua vez, não está preocupada com a democracia na Líbia, e sim em evitar que milhares de refugiados desembarquem em seus países combalidos pela crise financeira.

Temem ainda que a onda libertária que assola os países árabes produtores de petróleo elevem o preço do produto, onerando ainda mais as potências ocidentais, que lutam com dificuldade para vencer a crise do sistema capitalista.

Fala-se em estabelecer uma "zona de exclusão aérea” na Líbia. Isso significa bombardear os aeroportos do país e todas as aeronaves ali estacionadas. E exige o envio de porta-aviões às costas africanas. Em suma: uma nova frente de guerra.

O fato é que a Casa Branca foi surpreendida pelo movimento libertário no mundo árabe e, agora, não sabe como proceder. Era mais cômodo prosseguir cúmplice dos regimes autoritários em troca de fontes de energia, como gás e petróleo. Mas como opor-se ao clamor por democracia e evitar o risco de o governo de tais países cair em mãos de fundamentalistas?

Kadafi chegou ao poder com amplo apoio popular ao derrubar o regime tirânico do rei Idris, em 1969. Mordido pela mosca azul, com o tempo esqueceu todas a promessas libertárias que fizera. Em 1974, valendo-se da recessão mundial, expulsou as empresas ocidentais, expropriou propriedades estrangeiras, e promoveu uma série de reformas progressistas que fizeram melhorar a qualidade de vida dos líbios.

Finda a União Soviética, a partir de 1993 Kadafi deu boas-vindas aos investimentos estrangeiros. Após a queda de Saddam, temendo ser a bola da vez, assinou acordos para erradicar armas de destruição em massa e indenizou vítimas de seus atentados terroristas. Tornou-se feroz caçador de Osama Bin Laden. Pediu ingresso no FMI, criou zonas especiais de livre comércio, abriu o país às transnacionais do petróleo e eliminou os subsídios aos produtos alimentícios de primeira necessidade. Iniciou o processo de privatização da economia, o que fez o desemprego aumentar cerca de 30% e agravar a desigualdade social.

Kadafi mereceu elogios de Tony Blair, Berlusconi, Sarkozy e Zapatero. Como ao Ocidente, desagradou-lhe a derrubada dos governos tirânicos da Tunísia e do Egito. Agora, atira contra um povo desarmado que aspira vê-lo fora do poder.

Para as potências ocidentais, Kadafi tornou-se uma carta fora do baralho. O problema, agora, é como derrubá-lo de fato sem abrir uma nova frente de guerra e tornar a Líbia um "protetorado” sob controle da Casa Branca. Se Kadafi resistir, Bin Laden pode ganhar mais um aliado ou, no mínimo, um concorrente em matéria de ameaças terroristas.

O discurso do Ocidente é a democracia. O interesse, o petróleo. E para o capitalismo, só isto interessa: privatizar as fontes de riqueza. Enquanto a lógica do capital predominar sobre a da liberdade, o Ocidente jamais conhecerá verdadeiras democracias, aquelas nas quais a maioria do povo decide os destinos da nação.
[Frei Betto é escritor, autor de "Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira” (Rocco), entre outros livros.

Copyright 2011 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Assine todos os artigos do escritor e os receberá diretamente em seu e-mail. Contato – MHPAL – Agência Literária (mhpal@terra.com.br)].

terça-feira, 22 de março de 2011

Conversa Sobre a Fé e a Ciência

Marcelo Gleiser
Professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA)
Adital- 21.03.11
São Paulo, domingo, 20 de março de 2011.

Os caminhos da razão e do espírito são um só: a busca por significado em um mundo cheio de mistérios
Na semana que vem sai meu novo livro, em parceria com Frei Betto e com intermediação de Waldemar Falcão, "Conversa Sobre a Fé e a Ciência", pela Nova Fronteira. Temos alguns eventos no Rio e em São Paulo, de que espero participar via teleconferência, aproveitando os benefícios de nossa era digital.
Conversas sobre ciência e religião, em geral, terminam em briga. Mas não deveriam. Talvez seja essa uma das lições mais importantes que Frei Betto e eu queremos passar.
Reconheço que somos dois exemplos um pouco alternativos. Eu, como cientista, mantenho uma posição de respeito pela religião. Frei Betto, como pensador político e teólogo cristão, mantém uma posição aberta em relação à ciência. Começamos a conversa sem nos conhecermos e terminamos amigos.
Frei Betto concorda comigo que é absurdo fechar os olhos para os avanços da ciência, negando suas descobertas. Concorda, também, que a religião não deve ser usada fora de seu contexto, especialmente como um substituto da ciência.
Usar a Bíblia como texto científico, tentar extrair de sua narrativa simbólica fatos sobre o surgimento do Universo e da vida, é retornar ao obscurantismo da Idade Média. Por outro lado, concordamos plenamente que a ciência não se propõe a atingir uma verdade "absoluta".
Verdades dependem de quando são formuladas, ou seja, do contexto histórico em que são buscadas. Por exemplo, para os gregos, era "verdade" que a Terra era o centro do Universo; até o fim do século 18, era "verdade" que o Sol era o centro do Universo; até 1924, era "verdade" que a Via Láctea era a única galáxia no Universo. Com o avanço da ciência, essas verdades foram substituídas por outras.
Apesar de não haver dúvida de que certos fatos científicos permanecem inalterados com o passar do tempo (por exemplo, as leis de Newton), chamá-los de "verdades" talvez seja imprudente.
A ciência é uma narrativa que se ocupa do mistério, do não saber. Ela não tem capítulo final. Seu foco não é a busca pela verdade, mas por uma descrição do mundo que esteja de acordo com nossas observações.
Por outro lado, as religiões organizadas, com seu dogmatismo intransigente, distorcem o real sentido da fé. Nisso, Frei Betto e eu também concordamos plenamente (para ver no que mais concordamos e no que discordamos, é preciso ler o livro).
No cerne da religião, no ato de devoção religiosa, encontramos a espiritualidade pura, individual, que tece uma relação profunda entre o homem e o Universo e entre o homem e a sua consciência.
Frei Betto menciona Santa Teresa D’Ávila como alguém que alcançou um nível exemplar de transcendência pessoal e de comunhão com o divino. Aprendi muito durante nossa "conversa" e saí admirando meu interlocutor ainda mais.
Vejo a ciência, no aspecto mais puro e humano, como uma busca por transcendência, em que o espírito humano se une ao mundo natural para criar novas formas de pensar a nossa existência e, por meio da tecnologia, para criar expressões materiais dessa comunhão. Sob esse prisma, os caminhos da razão e do espírito são um só, simbolizando a essência do ser humano, que é a busca por significado num mundo cheio de mistérios.

[Marcelo Gleiser é autor do livro "Criação Imperfeita"].

terça-feira, 1 de março de 2011

Arquidiocese lança CF e alerta sobre risco ambiental

Arquidiocese lança CF e alerta sobre risco ambiental

Missa da Quarta-feira de Cinzas terá caminhada de conscientização até manguezal do Pina

Este ano, o lançamento da Campanha da Fraternidade (CF) na Arquidiocese de Olinda e Recife, vai além da tradicional Missa de Cinzas. O arcebispo, dom Fernando Saburido, pretende fazer da data um dia de conscientização e mobilização social em prol do meio ambiente. A CF 2011 que tem como tema 'Fraternidade e Vida no Planeta', convida a todos, especialmente os cristãos católicos, a dedicar um cuidado especial à natureza, por isso a Celebração Eucarística, será às 16h, no Convento de São Félix de Cantalíce, no Pina. De lá, dom Fernando, os concelebrantes e os fieis farão uma caminhada até o mangue para chamar a atenção da população para os riscos ambientais que a construção da Linha Verde, projeto que promete desafogar o trânsito da Zona Sul do Recife, e de empreendimentos privados causará à área.
A proposta do local do lançamento e da caminhada surgiu em uma reunião entre o arcebispo e o conselho pastoral da Arquidiocese. A CF propõe não só a reflexão, mas a ação. “A idéia é celebrar a missa e fazer o lançamento da Campanha da Fraternidade em um local com eminente risco ambiental. Seguindo assim o método Ver-Julgar-Agir proposto pela CNBB”, afirmou dom Fernando Saburido. O lugar e a forma como será feito o lançamento foi decidido após a avaliação de diversas sugestões de locais cujos recursos naturais estão ou serão afetados.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem como objetivos, por meio da CF, educar o indivíduo para a vida em fraternidade, com base na justiça e no amor e nas exigências centrais do Evangelho. Além disso, renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica na evangelização e na promoção humana, tendo em vista uma sociedade, de fato, justa e solidária. Para que o cristão católico viva intensamente, no período da Quaresma o tema da Campanha da Fraternidade, tendo como finalidade a aplicação dos ensinamentos de Jesus, a CNBB dispõe, desde 1962, de diversos instrumentos, como textos de formação, reflexão e oração, que podem e devem ser trabalhados por toda Igreja.
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade. Em 2011, as atenções se voltam para as florestas. A idéia de educar para conscientizar é uma preocupação mundial. Segundo a Carta da Terra - declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica -, ‘a tomada de consciência dessa realidade é profundamente formadora. O meio ambiente forma tanto quanto ele é formado ou deformado. Precisamos de uma ecoformação para recuperar a consciência dessas experiências cotidianas. Na ânsia de dominar o mundo, elas correm o risco de desaparecer do nosso campo de consciência, se a relação que nos liga a ele for apenas uma relação de uso’.
A Campanha começa na Quarta-feira de Cinzas e tem duração de um ano. No Domingo de Ramos, todas as paróquias do Brasil realizam a coleta da solidariedade. A quantia arrecadada é usada durante pela Arquidiocese de Olinda e Recife e pela CNBB em projetos relacionados ao tema.

Campanha da Fraternidade – É um projeto realizado pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, sempre no período da Quaresma. A cada ano é escolhido um tema, que define a realidade concreta a ser transformada, e um lema, que explicita em que direção se busca a transformação. A campanha é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ela teve a sua primeira edição no ano de 1962, em Natal (RN), com adesão de outras três dioceses e apoio financeiro dos bispos norte-americanos. No ano de 1964, ela foi lançada nacionalmente. O primeiro tema foi: “Igreja em Renovação” e o lema “Lembre-se: Você também é Igreja”.

Quarta-feira de Cinzas – Este é o primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental. As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia é símbolo de reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a efemeridade da vida humana, sujeita à morte. Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa sem contar os domingos. Seu posicionamento varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa. A data pode variar do começo de fevereiro até a segunda semana de março. Missas são realizadas tradicionalmente nesse dia nas quais os participantes são abençoados com cinzas dos ramos bentos no Domingo de Ramos do ano anterior. O padre marca a testa dos fieis com cinzas. Para os católicos é dia de jejum e abstinência de carne.

Missa da Quarta-feira de Cinzas e
Lançamento da Campanha da Fraternidade 2011
Local: Convento São Félix de Cantalice
(Rua José Rodrigues, 160 – Pina – Recife)
Dia: 09 de março de 2011
Horário: 16h